O livro “Sabores da Escrita” foi apresentado ontem na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, pelas coordenadoras científicas da obra, Maria Helena da Cruz Coelho e Carmen Soares, sendo a sessão aberta pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, e encerrada pelo diretor da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, José Luís Marques.
Em seguida no restaurante da Escola, foram apresentados trechos das obras tema das conferências, como Eça de Queirós ou Ramalho Ortigão, entre outros, por elementos da Cia de Teatro Bonifrates, seguido de uma degustação de acepipes, que constam nas obras citadas, proporcionada pela Escola de Hotelaria.
O livro é o resultado de várias conferências e jantares temáticos que tiveram lugar de 2014 para cá, antes portanto da pandemia, e alia a literatura à gastronomia, que foi o objetivo subjacente à criação da iniciativa “Sabores da Escrita”, que ao longo dos últimos sete anos juntou especialistas de ambas as áreas à história, num percurso pelas rotas de saberes e sabores, dando a conhecer as tradições gastronómicas dos nossos patrimónios alimentares.
Em cada sessão foram abordados temas relacionados com a vida e obra de diferentes autores e figuras influentes da cultura (através da realização de conferências, que constituíam a primeira parte da sessão), sempre em ligação à gastronomia (com a realização de jantares temáticos, que se seguiam às conferências, os quais eram ainda enriquecidos com apontamentos cénicos).
Ao longo dos vários ciclos estabeleceram-se parcerias com diversas entidades, designadamente a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, através do Projeto DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia e do Doutoramento em Patrimónios Alimentares: Culturas e Identidades; a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra.
Nos “Sabores da Escrita” uma equipa de especialistas de várias áreas disciplinares, da antiguidade aos nossos dias, foi responsável pela criação de conteúdos científicos necessários à preservação e divulgação das culturas alimentares. Através de uma pesquisa assente no rigor científico e no conhecimento fidedigno das fontes (escritas, materiais e iconográficas), procurou fazer-se uma história e um levantamento do património dos padrões alimentares identitários. Dada a riqueza científica dos conteúdos apresentados e como forma de perpetuar e registar todas as conferências que se realizaram e que constituem uma reveladora importância para o estudo do património alimentar, a Câmara Municipal de Coimbra editou a obra “Sabores da Escrita” que congregou conferências apresentadas entre 2014 e 2018.
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