O VII Simpósio da Acta Médica Portuguesa, Revista Científica da Ordem dos Médicos, foi realizado ontem na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (Sala Miguel Torga).
Depois do hiato temporal, o último simpósio tinha sido em 2022, Tiago Villanueva, editor-chefe da Acta Médica Portuguesa, assumiu logo na sua primeira intervenção que este evento surge da necessidade de “divulgar todo o trabalho levado a cabo pela AMP” bem como para “discutir todos os processos editoriais” desde que se submete um artigo e saber qual o trajeto que percorre. “Estes processos são muitas vezes pouco compreendidos pelos médicos e, portanto, é importante dar a conhecer todo o trabalho que está por detrás da publicação de um artigo”. Ao intervir na sessão de abertura, Tiago Villanueva considerou que a “Acta Médica Portuguesa é uma arma poderosa que os médicos têm, pois, tratando-se de uma revista portuguesa com projeção internacional, é excelente arma de divulgação científica para os médicos portugueses”.
O bastonário da OM, por seu turno, ao destacar o trabalho da vasta equipa da AMP lembrou que a revista, tal como o SNS, completa este ano 45 anos. “A Acta Médica Portuguesa tem tido uma evolução exponencial nestes últimos anos”, acentuou, voltando a recordar que quando iniciou as primeiras funções como dirigente da OM, em 2014, era o Professor Rui Tato Marinho, editor-chefe da AMP. “Quero aqui reiterar a aposta que a Ordem dos Médicos faz na Acta Médica Portuguesa que é, no seio da Ordem dos Médicos, um farol de divulgação científica, na Medicina baseada na evidência”.
O presidente da Secção Regional do Centro dos Médicos, Manuel Teixeira Veríssimo, destacou o privilégio de receber este evento em Coimbra, assumindo que a SRCOM estará sempre disponível para o que a Acta Médica necessitar. “Revista de qualidade”, “verdadeira referência em Portugal”, enalteceu. “Como médico, sinto-me satisfeito com a Acta Médica Portuguesa, quero obviamente que suba o seu fator de impacto”. Já o Presidente da Unidade Local de Saúde de Coimbra, Alexandre Lourenço, afirmou a intenção de apoiar os médicos da maior ULS do País a desenvolverem a investigação clínica de modo a que possam aumentar a participação na AMP de cuja tabela de conteúdos acompanha através de newsletter. Deu ainda nota de que a ULS de Coimbra aposta na valorização do ensino pré e pós-graduado, na ligação com a Faculdade de Medicina e o Centro Académico e Clínico.
O ex-Bastonário José Manuel Silva, atual autarca de Coimbra, afirmou o seu regozijo por reencontrar amigos e colegas e recordou os cinco simpósios realizados sob a égide do anterior editor Rui Tato Marinho e definiu a revista como um “importante meio de comunicação da comunidade científica portuguesa”, afirmando que é “um orgulho ver o crescimento e a afirmação da Acta Médica Portuguesa”.
Nesta reunião científica, foram abordados vários temas designadamente, o que mudou no panorama nacional da publicação científica e o impacto da Inteligência Artificial na publicação científica. O evento culminou com a atribuição de vários prémios, entre os quais, melhor artigo de co-revisão, melhor caso clínico apresentado em 2023, melhor Carta ao Editor, melhor imagem médica, melhor editorial.
Fonte: SRCOM
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